Não é muito difícil observar que, para a maior parte da humanidade, ainda há uma grande demanda por um deus. Ora, se a humanidade precisa de uma ilusão para justificar os mistérios que não consegue compreender, não seria um absurdo pronunciar que ainda está sob o jugo de uma cultura decadente. Este talvez seja o sinal de que não evoluímos... o vazio que havia há milênios, continua a atormentar. O “mal estar na civilização” permanece vivo, apesar da evolução do pensamento e da ciência.
Podemos citar algumas centenas de pensadores e cientistas que apresentaram questões muito pertinentes. Porém são apenas questões, e atingem apenas uma mínima parte da humanidade. Já se tentou de todas as formas de religiões, de deuses para aliviar essa angústia inerente ao homem, mas ela permanece viva, e não se vê no horizonte uma onda de racionalidade em massa para que, ao menos, se possa tentar algo diferente.
Creio que permaneceremos nesta estagnação intelectual... Parecia que, nos séculos xviii e xix iria eclodir uma reviravolta racional, mas a humanidade deixou que estes momentos passassem; redefinindo a impressão de que não é só o vazio que lhe é inerente, mas, também, a tolice.
É pertinente dizer que, por ainda precisarmos da ilusão (na proporção a qual se encontra a humanidade), a evolução do conhecimento do homem é ínfima sim... este é o quadro que faz com que os céticos reafirmem suas convicções. Que vivam os céticos com a quimera de um “admirável mundo novo”.
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