A dialética é a base da vida humana.



E AQUELES QUE FORAM VISTOS DANÇANDO, FORAM JULGADOS INSANOS POR AQUELES QUE NÃO PODIAM OUVIR A MÚSICA
VIDA SEM MÚSICA É UM EQUÍVOCO
Nietzsche

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Regurgitação




Vivemos um fracasso filosófico
Que se dá pela não aceitação do vazio
O vazio de ser, o vazio que somos
Nosso nível intelectual ficou estagnado
Passamos a viver em busca de algo no além
Na tentativa de aliviar nossa impotência, nosso medo
Há muito não ocorre progresso
Ainda aceitamos qualquer argumento que nos alivie
Que nos livre do buraco escuro em que vivemos
Portanto elegemos a ilusão
Delegamos à ela a suposta responsabilidade por nós
Vivemos no falso consolo de um deus ilusório...

A humanidade é um enfermo em estado terminal
Vagamos num túnel de limbo intelectual
Que transpassa uma paisagem amorfa e incolor
Temos uma cultura de massa que nos corrói
Ela é uma árvore trangênica alimentada por fertilizantes
Criados por abutres da alma
Estes, são arauto de um deus louco
Que vaga pela terra sugando as entranhas dos tolos
Seu delírio é a alienação de que padecemos
Tudo é o reflexo de nossa prostração cultural
Da impossibilidade de elevação da racionalidade...

QUESTÕES


Não é muito difícil observar que, para a maior parte da humanidade, ainda há uma grande demanda por um deus. Ora, se a humanidade precisa de uma ilusão para justificar os mistérios que não consegue compreender, não seria um absurdo pronunciar que ainda está sob o jugo de uma cultura decadente. Este talvez seja o sinal de que não evoluímos... o vazio que havia há milênios, continua a atormentar. O “mal estar na civilização” permanece vivo, apesar da evolução do pensamento e da ciência.
Podemos citar algumas centenas de pensadores e cientistas que apresentaram questões muito pertinentes. Porém são apenas questões, e atingem apenas uma mínima parte da humanidade. Já se tentou de todas as formas de religiões, de deuses para aliviar essa angústia inerente ao homem, mas ela permanece viva, e não se vê no horizonte uma onda de racionalidade em massa para que, ao menos, se possa tentar algo diferente.
Creio que permaneceremos nesta estagnação intelectual... Parecia que, nos séculos xviii e xix iria eclodir uma reviravolta racional, mas a humanidade deixou que estes momentos passassem; redefinindo a impressão de que não é só o vazio que lhe é inerente, mas, também, a tolice.
É pertinente dizer que, por ainda precisarmos da ilusão (na proporção a qual se encontra a humanidade), a evolução do conhecimento do homem é ínfima sim... este é o quadro que faz com que os céticos reafirmem suas convicções. Que vivam os céticos com a quimera de um “admirável mundo novo”.



Eis a diferença entre um cientista e um pseudo cientista: o objetivo. O primeiro busca, através da razão, compreender os mistérios da Natureza com intuito de facilitar os caminhos da humanidade. Enquanto que o segundo, busca meios nestes mesmos mistérios para justificar sua fé.